Nos olhares puros e infantis, vi outros ansiosos e perdidos.
Uma grande etapa chegou ao fim e se abriram novos caminhos.
Apesar do gosto amargo do apego de cada pai e mãe, o bebê cresceu e transformou-se numa linda criança que anda, fala, sorri e brinca, lê e escreve algumas palavras e ainda desenha um mundo que só ela sabe como expressar.
E como tudo na vida, tudo tem um tempo no tempo de cada um.
Hoje, vi na escola, pais e professores perdidos, buscando conforto nas palavras ditas, nas anotações legíveis, nos gestos expressos e explicações contínuas.
Enquanto aguardava a minha vez de conversar sobre meu filho, vi e ouvi outros sem saber o que fazer direito.
Foram apresentados trabalhos, apostilas, boletins, enfeites e, no final, um pedido qualquer de desculpas por alguma coisa de ambas as partes.
Desnecessário o pedido porque se sabe que cada um faz o que pode e o que sabe.
E assim é em todo o lugar.
E quando chegou a minha vez, quis registrar cada momento para que mais tarde, o bebê que se transformou numa linda criança e que faz parte de minha vida, recorde com amor e carinho onde tudo começou.
Feito o registro, peguei a mochila e todo o material revelado a ser levado para casa.
Senti em meus ombros, a bagagem de uma etapa de aprendizado.
Percebi que as outras crianças se retiraram com sorrisos simples, olhares fascinantes e vivos.
E indo além, observei com alegria o quanto são confiantes nos próximos passos a serem dados rumo ao que chamamos de FUTURO. Nem siquer olharam para trás.
Seguem em frente sem temor algum em qualquer tempo, em qualquer etapa, em qualquer lugar.
Sabemos que continuarão a descobrir um mundo que para os adultos já é pura rotina no desleixo pessoal do dia a dia.
Os pequeninos de Hoje, de fato, poderão ser, se bem guiados, orientados e educados, Gigantes do Amanhã!
E nós e tantos outros viveremos no passado como saudosos e queridos guardiões destes gigantes encantadores.